sábado, dezembro 02, 2006

Dia Mundial de Combate à AIDS

Desculpem o post atrasado mas é que ontem foi Dia Mundial de Combate à AIDS e isso me fez parar para pensar em algo. Tentei puxar pela memória filmes que abordam o tema e lembrei de poucos. Filadélfia, A Cura e Somente Elas foram os únicos que me vieram à cabeça. Gostei dos três mas lamento que o cinema produza poucos filme sobre um assunto tão atual e que ainda gera discriminação.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Sem despedidas

Galera, o blog continuará. Mas vou tirar minhas devidas férias (frustradas).

sábado, novembro 25, 2006

Os Recordistas (Sessão da Tarde)

Gente, dêem uma olhada numa conversa que tive com minha amiga Ana Bárbara (MIOJO):

MIOJO diz:os aventureiros do bairro probido

MIOJO diz:é bem antigo

Katilaine diz:sei qual é o filme

Katilaine diz:recordista da sessão da tarde

MIOJO diz:não

MIOJO diz:o recordista é esqueceram de mim

Katilaine diz:não

Katilaine diz:é curtindo a vida adoidado

MIOJO diz:a lagoa azul

Katilaine diz:de volta à lagoa azul

MIOJO diz: primeiro amor

Katilaine diz:a gente escreveu a mesma coisa

MIOJO diz: ghost

Katilaine diz: corra que a polícia vem aí

Katilaine diz: uma linda mulher

MIOJO diz:um príncipe em nova york

Katilaine diz:hahah

Katilaine diz:é mesmo

Katilaine diz:top gang

MIOJO diz:o rapto do menino dourado

Katilaine diz:um tira da pesada

MIOJO diz:todos os de babás

MIOJO diz:e bebês

Katilaine diz:K-19 um policial bom pra cachorro

Katilaine diz:olha quem está falando

Katilaine diz:ninguém segura este bebê

MIOJO diz:isso

MIOJO diz:são ridículos

MIOJO diz:vc sabe qual é o cachorro atleta?

Katilaine diz: bud

MIOJO diz: isso mesmo

... e quem lembrar de mais algum recordista fica à vontade!

quinta-feira, novembro 23, 2006

Festival Nacional (Rede Globo)


Todo ano a Rede Globo promove o "Festival Nacional" de cinema em que filmes brasileiros têm espaço na programção todas as quartas-feiras à noite. É uma oportunidade de assisti-los.

Mas, em vez dos filmes serem limitados a um período do ano por que não os exibem o ano inteiro? Filme brasileiro só serve para preencher espaço vazio na programação deixado pelos jogos de futebol?

domingo, novembro 19, 2006

O Declínio do Império Americano


Ao assistir a "O Declínio do Imério Americano" percebi o quanto diretor Dennis Arcand evoluiu na continução As Invasões Bárbaras (já comentado neste blog). Não que "O Declínio d..." seja ruim, pelo contrário. Os diálogos são interessantes, os persongens já naquela época eram irônicos e debochados, experientes, só que menos amargurados. O grupo fica dividido em homens e mulheres, com ambos debatendo um mesmo tema, sexo. E haja sexo!
No segundo filme, a discussão é variada, em uma história muito bem trabalhada e mais complexa. O maior problema de "O Declínio..." é a falação excessiva em torno de um mesmo assunto, o que prejudica um pouco o ritmo da história e tira a graça de alguns personagens.

Ainda assim, "O Declínio do Império Americano" é muito recomendado. Só não entra na minha lista pessoal.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Abusado - O Dono do Morro Dona Marta

"A experiência reforçou meu repúdio à cultura da punição perversa, contra quem já nasceu condenado a todas as formas de injustiça"

Caco Barcellos


O diferencial do livro Abusado está em sua abordagem. O autor (e jornalista) Caco Barcellos destaca o ponto-de-vista dos moradores da favela, mostra como a perspectiva de um futuro miserável leva jovens a virarem criminosos e expõe a truculência de policiais no combate ao tráfico. É evidente o fascínio do autor por Juliano VP, figura central do livro. VP foi um dos traficantes/donos do Morro Dona Marta e ficou conhecido por sua preocupação com questões sociais da favela.

É uma visão diferente, menos condenatória, em alguns momentos um pouco complacente (principalmente com as atitudes de Juliano), mas ainda assim, importante e necessária para uma sociedade como a nossa que costuma se esquivar da realidade das favelas.

quinta-feira, novembro 09, 2006

13º Vitória Cine Vídeo


O sonho de qualquer blogueiro sem dinheiro para alugar filme tem início semana que vem no dia 13 e vai até 18 de novembro. É o 13º Vitória Cine Vídeo, um festival que reúne mostras competitivas de cinema e vídeo. Atençaõ galera da Ufes, os vídeos serão exibidos no Cine Metrópolis. Já os filmes terão espaço no Teatro Glória. As produções fora da mostra competitiva também terão exibição em ruas e praias (que legal!) de Vitória. E olha que interessante, é tudo de graça.

Para saber mais sobre as mostras perguntem ao Sérgio, porque o site do festival é horrível.

segunda-feira, novembro 06, 2006

As Invasões Bárbaras


Nós temos muito o que aprender mesmo. Rémmy é um homem de meia idade com uma experiência de vida de fazer inveja a muita gente. Ele está com câncer e seu filho resolve promover o reencontro dele com os antigos amigos, pessoas muito cultas, assim como Rémmy.

O filme tem características do drama mas as conversas do grupo, engraçadas e, principalmente, inteligentíssimas dão outro tom à história. Eles relembram o passado militante nos diversos "istas" (maoístas, comunistas...), criticam a jventude sem conteúdo da atualidade, são deliciosamente debochados. Jovens pseudo intelectuais seriam o público ideal para esse filme.


Obs: As Invasões Bárbaras é continuação do filme O Declínio do Império Americano, mas este fica para um próximo post.

sábado, novembro 04, 2006

Flores Partidas


Don (Bill Murrey) é um experiente conquistador de mulheres que parece ter perdido um sentido para vida. Um dia ele recebe uma carta, sem assinatura, de uma suposta ex-namorada contando sobre a existência de um filho seu. Sob influência de um amigo, Don parte em viagem para descobrir qual de suas antigas namoradas é a mãe de seu filho.

O filme em si é um pouco devagar. Como a vida da personagem de Bill Murray é desprovida de grandes emoções, acredito que o diretor Jim Jamurch quis fazer da própria linguagem do filme uma espécie de figuração ou metáfora da existência enfadonha da personagem. A idéia do diretor é boa, mas agüentar mais de uma hora e meia de lentidão não é para qualquer um.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Old Boy


Old Boy é um filme grotesco. E não enxerguem nisso um aspecto negativo. No começo do filme somos apresentados a um sujeito incovenietemente falastrão. É dia do aniversário de três anos de sua filha e quando ele se prepara para ir ao encontro dela o homem é seqüestrado e mantido em cativeiro por 15 anos. Depois desse tempo ele é solto e planeja a vingança contra as pessoas que o prenderam.

Realizado na Coréia do Sul, Old Boy é violento, tem um dos piores (melhores, depende do ponto de vista) vilões que eu já vi no cinema e uma ótima alternativa aos filmes tradicionais. E acreditem, a maior perversidade não é o porquê de o terem deixado preso mas sim o motivo de o libertarem.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Geração Roubada


Baseado em história real, Geração Roubada vale por apresentar ao mundo um momento histórico vergonhoso da Austrália. Até meados do século XX meninas de origem aborígene eram retiradas de suas famílias e colocadas em orfanatos para que fossem "civilizadas". A intenção, na verdade, era promover o casamento dessas meninas com homens brancos com o intuito de "clarear" a pele das gerações seguintes. Ridículo, não? E pensar que ainda hoje existem movimentos que cultivam este tipo de idéia...

sábado, outubro 21, 2006

Feliz Ano Velho; de Marcelo Rubens Paiva


O autor Marcelo Rubens Paiva ficou tetraplégico ao pular de cabeça em um lago de meio metro de fundura.Ele tinha apenas 20 anos na época do acidente e resolveu contar sua história em um livro, Feliz Ano Velho,lançado em 1983. No livro, ele intercala os momentos pós-acidente com sua autobiografia, que conta ainda com um pai desaparecido na época da ditadura.

Tudo muito triste, não é? Pode ser, mas o cara escreve o livro de forma tão descontraída, e com tanta sinceridade, que em alguns momentos (vários) a gente chega a dar boas risadas. Ele, por exemplo, revela o nome das meninas com as quais já transou; ou relata os estranhos hábitos dele com um gatinho, sem demonstrar qualquer constrangimento.

Feliz Ano Velho na época do lançamento foi um fenômeno de vendas e dividiu a crítica especializada pela forma nada rebuscada de escrever ("me levaram prum cinema"). Da minha parte, estranhei bastente esse excesso de coloquialismo. E por mais que seja engraçada a sinceridade excessiva do autor, um pouco de sutileza no tratamento de alguns personagens não faria mal algum ao livro.

terça-feira, outubro 17, 2006

Minha Vida Sem Mim


Jovem, mãe de duas meninas, descobre ter câncer e que morrerá em poucos meses. A partir daí, ela passa a "preparar o cenário" para que sua família continue a viver, relativamente bem, sem ela.

A história todo mundo já viu em algum outro filme. Mas ela é tão bem conduzida pela diretora Isabel Coixet e bem representada pela atriz pricipal, Sarah Poley, que fica difícil não se deixar encantar por Minha Vida Sem Mim. Faz refletir sobre quais são nossas reais necessidades, ganhando em certos momentos um tom meio filosófico sobre a vida. Emociona e faz parar para pensar (como sempre nesses tipos de filme).

sábado, outubro 14, 2006

Apocalipse Now (Post 2)


Apocalipse Now faz uma pequena, mas importante, abordagem sobre o papel da imprensa na guerra do Vietnã. Há duas passagens que indicam bem isso. A primeira é no desembarque americano pós-bombardeio a uma cidade vietnamita. Nesse momento vemos dois jornalistas; enquanto um deles filma o desembarque o outro grita para os soldados, "continuem correndo porque estamos filmando e não olhem para a câmera!", como se estivesse dirigindo a cena de um grande espetáculo. Em outro ponto do filme, o coronel Kurtz lê o trecho de uma reportagem da revista Time que afirma haver dados suficientes que comprovem a vitória dos EUA na guerra. E como a maioria de nós sabemos, não foi bem isso o que aconteceu.

Duarante a guerra do Vietnã, tentou-se usar o poder da mídia para conseguir o apoio da população norte-americana ao ataque dos EUA ao terrtitório vietnamita. Não deu certo.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Apocalipse Now Redux (Post 1)



No final da década de 1970 Francis Ford Coppola fez o filme que melhor "retrataria" a guerra do Vietnã, o estado de loucura em que muitos dos soldados ficavam e o absurdo que foi a existência dessa guerra. Em um dado instante um personagem chega a afirmar que os Estados Unidos "estavam lutando pelo maior nada da história". Apocalipse Now Redux, em certos momentos, mostra a guerra como se fosse um grande espetáculo promovido pelos Estados Unidos, vide a cena de um ataque a uma cidade vietnamita sob o som de "A Carga das Valquírias" de Wagner.

A figura central do filme é Coronel Kurtz (Marlon Brando), um homem que enlouqueceu durante a guerra e montou seu próprio exército dentro da selva vietnamita, tornando-se um problema para o governo a americano. Assim, Capitão Willard (Martin Sheen) recebe como missão matar o enigmático coronel.

Destaque para Robert Duvall, que interpreta um coronel que põe seus soldados para surfarem (!) nas praias vietnamitas em meio a bombardeios, e para Lawrence Fishburn (o Morpheus, de Matrix) com menos de 20 anos.

Ah, esse filme tem até The Doors...

sábado, outubro 07, 2006

Dogville



Tive vontade desligar o dvd quando comecei a ver Dogville. Estranhei a falta de cenário, que é representado por demarcações no chão. Mas (e um mas nessas horas é necessário) à medida que a história do filme se desenvolvia percebi que estava diante de uma das melhores e mais originais obras cinematográficas a que já assistira, sem medo do exagero.

A história: Grace (Nicole Kidman) é uma mulher perseguida por gângsters que se refugia na cidade de Dogvile. Para ser aceita no local ela se submete a prestar favores aos moradores, que no começo rejeitam a ajuda da moça mas que com o tempo passam a explorá-la e a abusar de sua boa-fé nos seres humanos.

Dogville, faz uma alegoria do caráter mesquinho das pessoas. No início somos todos generosos, tendemos a mostrar o que aparentemente temos de melhor. Com o tempo, deixamos transparecer o que somos, "mostramos nossas garras" como coloca o filme.

O diretor de Dogville Lars Von Trier desenvolveu o filme como a primeira parte de uma trilogia sobre os Estados Unidos. A segunda parte, Manderley, já foi lançada. E aqui estou eu curiosa para assisti-la.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Amarelo Manga


Vi Amarelo Manga há poucas horas e ainda não tenho uma opinião plena sobre ele. É um filme que foge à regra esteticamente limpa das produções cinematográficas. Choca em vários momentos, mas chega a ser engraçado.

Este filme mostra um lado periférico de Recife, de pessoas marginalizadas socialmente. Poderia ter sido ambientado em qualquer outro lugar do Brasil. Os cenários têm uma aparência suja, os personagens são mostrados de forma crua, ou seja, realista. Bem diferente do que estamos condicionados a ver tradicionalmente.

Ainda não sei qualificá-lo adequadamente, mas sei que gostei do resultado.

Detalhe: Descubram as diversas utilidades de uma escova de cabelo e de um nebulizador. Ai, a imaginação humana...

terça-feira, outubro 03, 2006

Três Enterros


Melquiades Estrada é um imigrante ilegal mexicano nos Estados Unidos. Tem família e uma história pessoal como qualquer pessoa. Mas acaba sendo assassinado, indignamente enterrado em vala comum e o culpado por sua morte é deixado impune. Pete Perkins (Tommy Lee Jones), melhor amigo de Estrada,então, captura o assassino e obriga-o a levar o corpo de Melquiades até seu lugar de origem para que tenha um enterro digno.

Ao mesmo tempo que o filme parece querer mostrar que devemos respeitar e valorizar as pessoas independentemente de origem ou classe social, somos colocados frente a personagens com vidas "vazias". Pete e o assassino de Melquiades durante a viagem alcançam algum tipo de significado para suas vidas.

Como cenário vemos o sul dos Estados Unidos e o norte do México. É impressionante como quase não há diferença entre os dois lugares. O destaque para essa semelhança dos locais não é coincidência. Chama a atenção para a forma como os mexicanos são tratados naquele país.

Três Enterros é a estréia do ator Tommy Lee Jones na direção de filmes para cinema. É um ótimo começo.

domingo, outubro 01, 2006

X-men 3


O primeiro foi bom, o segundo foi perfeito, o terceiro foi frustrante. Prometeram-me uma grande batalha batalha final, esperei ver um monte de mutantes do bem lutando mas só vi uns cinco X-men na tal batalha. Os mutantes do exército de Magneto eram, no mínimo, estúpidos. Personagens com potencial como Colossus e Anjo tiveram participações reduzidas. E Jean Grey parecia mais uma mulher com grave crise de tpm e com grandes poderes.

Ah, a história: descobriu-se a "cura" para o gene mutante e os x-men, então, tem de enfrentar o a pressão da sociedade para que se curem. Nisso tudo, X-men 3 tem um mérito que merece ser ressaltado. Aborda a intolerância às diferenças, o que torna possível fazer um paralelo com a nossa realidade.

sexta-feira, setembro 29, 2006

O Lenhador


O Lenhador conta a história de Walter (Kevin Bacon), um homem recém-saído da prisão que busca se reintegrar socialmente. Só que há um empecilho nessa busca: ele havia sido preso por pedofilia. Ele vai de encontro ao preconceito das pessoas com quem trabalha, do policial que cuida da sua condicional e de sua irmã. Os únicos que parecem acreditar na sua reabilitação são seu cunhado e sua namorada.

Não é só preconceito que Walter tem que enfrentar. A todo momento ele é tentado a cometer o mesmo ato do passado e sentimos o conflito por qual ele passa. O legal do filme é que ele mostra uma perspectiva diferente da que é senso comum: o da pessoa simplesmente má que abusa de crianças.

Um dos filmes mais corajosos a que já assisti. Recomendo. Mesmo.

terça-feira, setembro 26, 2006

V de Vingança


V de Vingança não cabe num post. São muitas as questões levantadas pelo filme, e a liberdade é a maior delas. No filme nos é apresentada uma Inglaterra dominada por um ditador, que conseguiu chegar ao poder graças à promessa de garantir a segurança e o "bem-estar" da população. Não há liberdade de expressão, nem de orientação sexual ou religiosa. É nesse cenário que surge V, um homem vingativo que mantém o rosto escondido por uma sorridente máscara e que com métodos terroristas (polêmica) tenta desestabilizar o poder dominante e provocar uma reação na aparente passiva população dominada. Quem assisti ao filme percebe claramente referências a certos países imperialistas...

Natalie Portman, que interpreta a jovem Evey, aparece como um exemplo de libertação promovido pelos conceitos ideológicos defendidos por V.

Só para constar, este filme, com cara de 1984, é baseado em uma Graphic Novel de Alan Moore e tem como roteiristas os realizadores de Matrix, Andy e Larry Washowsky.

domingo, setembro 24, 2006

Vidas Secas, de Graciliano Ramos


Graciliano Ramos retrata a seca do sertão nordestino através da perspectiva da família do vaqueiro Fabiano, formada também por Sinha Vitória, pelo menino mais novo, o menino mais velho e a cachorra Baleia.

A sequidão dos personagens é representada na pobreza de suas falas; eles mal conseguem se expressar, e muitas vezes o fazem por gestos ou grunhidos. A família é colocada no mesmo patamar de um animal; a cachorra Baleia tem espaço significativo. Até a escrita do livro é econômica (meio seca), tanto que a leitura é surpreendentemente rápida.

Mas Graciliano Ramos não limita os porquês da condição miserável de seus personagens apenas à seca. A exploração latifundiária está lá representada, assim como o poder opressor do governo.

Leiam Vidas Secas e entenderão melhor esse confuso post.

terça-feira, setembro 19, 2006

O Matador


Tenho que confessar que nunca esperei muita coisa do ator Pierce Brosnan. Sempre o considerei um ator somente charmosinho que interpretava James Bond. Até eu assisti "O Matador". O cara tá muito engraçado no filme. Ele interpreta um assassino de aluguel que após anos de serviços prestados, muitas mulheres e muita bebida na mente se dá conta que não tem amigos.

Solitário em um hotel no dia do seu aniversário Julian Noble (Brosnan) força uma amizade com Danny Wright (Greg Kinnear), um homem "certinho", com com problemas financeiros mas que tem um casamento estável. O filme se desenvolve, então, a partir dessa amizade e das crises que Julian passa a ter na hora de executar um serviço.

Mais uma coisa, em toda sua breguice (olha o bigodinho, gente) o personagem de Pierce Brosnan até tem um charme...

segunda-feira, setembro 18, 2006

Ata-me


O que um homem não faz para conquistar uma mulher, hein?!!
Rapaz (Antônio Banderas) seqüestra a mulher (Victória Abril) por quem é apaixonado com a intenção de despertar nela o mesmo amor sentido por ele. Ele acabou de sair de um hospital psiquiátrico e ela é uma ex-atriz pornô. Os dois já haviam passado uma noite juntos e desde então ele é fascinado por ela.
Ata-me é romance dos bons bem ao estilo do diretor Pedro Almodóvar. Vitória Abril é linda e Antônio Banderas está ótimo e gostoso como sempre.

Quer saber de uma coisa? Até eu gostaria de ser seqüetrada pelo Antônio Banderas!

E para quem acha que a história do seqüetro é meio absurda leiam um pouco sobre Síndrome de Estocolmo.

Reflexão: Você não sabe o potencial de um megulhador de brinquedo...

quarta-feira, setembro 13, 2006

Guerra do Fogo

Assisti à "Guerra do Fogo" ontem na aula de Sociologia da Comunicação. Tinha todas as chances para ser uma das aulas mais chatas do mundo. Não se escuta uma fala o filme inteiro. Mas experimente assisti-lo junto de uma galera com a língua afiada para falar besteiras, e pronto! Você terá uma das sessões mais divertidas de sua vida.

Ah, o filme não tem fala porque se passa na pré-história. Mostra humanos em diferentes graus de desenvolvimento. Pesquisando na internet, vi que "Guerra do Fogo" tem maior moral por aí.
Então, leiam uma crítica mais séria neste site.

Lembrete: só assista sozinho se for um pesquisador e não estiver com sono.

terça-feira, setembro 12, 2006

Irreversível


Para usar um eufemismo, esse filme é chocante. Mostra a busca pela vingança de dois amigos pelo estupro sofrido pela namorada de um deles. Como o filme é contado de trás para a frente(ao estilo Amnésia), logo no início vemos o resultado da vingança, com a famosa "cena do extintor", que compete com a cena do estupro em termos de violência, e de repugnância que causam nas pessoas que o assistem.

Ao colocar os acontecimentos do fim para o começo, deixando as cenas mais leves e felizes no fim do filme, o diretor Gaspar Noé talvez quisesse dizer que a medida que o tempo passa as coisas tendem a ficar piores. Se essa era a intenção, "Irreversível" apresenta uma das teorias mais bestas do cinema.

Mas esquecendo a teoria, a forma técnica como o diretor a defendeu até que faz sentido. A movimentação excessiva da câmera no começo do filme chega a irritar. Depois, nas cenas mais leves dos personagens, a câmera fica menos agitada.

segunda-feira, setembro 11, 2006

E sua mãe também

Júlio (Gael García Bernal) e Ternoch (Diego Luna) são rapazes de 17 anos, da classe média alta mexicana, alienados, fumadores de maconha e comedores em potencial. Os dois convencem uma bela mulher casada a viajar com eles para a praia Boca del Cielo, lugar este, aliás, que não sabem o caminho, nem se realmente existe.

O filme me pareceu um daqueles road movie americanos mas com cenário e clima mexicano. Os conflitos vividos por Júlio e Ternoch são intercalados com as imagens de miséria social dos locais por onde os três aventureiros passam.

O diretor de "E sua mãe também" Alfonso Cuarón, autor também do roteiro (indicado ao Oscar), fez uso de um estilo quase documental para contar essa história, o que deu um toque bastante realista à produção.

E há também umas cenas de sexo. Muito interessante. Destaque para a triz pricipal, Ana López Mercado.

sábado, setembro 09, 2006

Cidade dos Anjos


Seth (Nicolas Cage) é um anjo que tem como missão trazer conforto à alma daqueles que acabaram de fazer a passagem. Meg (Me Ryan) é uma cirurgiã competente mas que perde um paciente durante uma operação. O anjo está presente neste momento e acaba se interessando pela médica. Ela, apesar de num primeiro momento não conseguir vê-lo, sente sua presença e o conforto que ela lhe traz. Por intermédio de um dos paicentes de Meg os dois se encontram e se apaixonam, mas há um problema. Ele na condição de anjo não é capaz de ter sensações táteis, então, como se pode viver um amor sem poder sentir a outra pessoa? Seth então abri mão de sua existência eterna para ficar com ela.

Cidade dos Anjos é um filme sublime. Faz valorizar os momentos de nossa vida, todas as nossas sensações e amores. Vou contar o final do filme. Até porque acho que muita gente já o assistiu. Meg morre no final após poucos momentos de amor entre os dois personagens. Aí você se pergunta se valeu a pena para o anjo largar uma vida de eternidade para ficar com ela. Após assistir um dos pôr-do-sois mais bonitos do cinema, entendemos que sim.

Cidade dos Anjos é refilmagem de Asas do Desejo, do alemão Win Wenders. Dizem que este último é melhor, mas como eu ainda não o vi, fico com a produção americana.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Nove Rainhas


Dois trapaceiros de quinta categoria resolvem se juntar para dar o maior golpe de suas vidas. Eles planejam vender a falsificação de Nove Rainhas, conjunto de selos da República de Weimer. Os dois trambiqueiros ficam em um jogo de desconfiança, um com medo de ser enrolado pelo outro. Não chega a ser um filme de seuspense mas tem reviravoltas e surpresas interessantes.

Nove Rainhas é uma produção argentina realizada durante a maior crise econômica recente do país. O diretor Fabian Bielinsky parece querer fazer uma crítica a esse momento histórico e ao estado social em que se encontra a população. Para quem achava que só o Brasil era o país da malandragem...

segunda-feira, setembro 04, 2006

Lolita, de Vladimir Nabokov


"Lolita" criou muita polêmica na época em que foi lançado, na década de 50. Também, pudera, aborda um tema que ainda hoje é um pesadelo para a sociedade: pedofilia.

A história é narrada por Humbert Humbert, um professor inglês residente nos Estados Unidos, que se apaixona pela filha de sua senhoria. A menina tem doze anos. Para ficar mais perto dela, Humbert casa-se com a mãe da garota.

A menina Lolita não representa a imagem tradicional da criança inocente, nem Humbert a do completo psicopata pedófilo. Aliás, em vários momentos do livro, é possível sentir pena dele. Isso, aliás, é muito curioso e pode ser explicado pelo fato de a história ser narrada do ponto de vista de Humbert. Sentimos os efeitos de sua obsessão por Lolita, seu sofrimento.

Vladimir Nabokov foi acusado de ser um autor de pornografia, na época do lançamento do livro. Ele foi sim um autor com coragem de abordar algo espinhoso como a pedofilia, e que expôs a hipocrisia da nossa sociedade.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Cidade Baixa


Cinema brasileiro tem potecial para muita coisa mesmo! Vejam só Cidade Baixa. É sobre um triângulo amoroso inusitado entre dois amigos e uma garota de programa. Mas não esperem aquela coisa mongól de filme americano. É paupável a sensação de angústia sentida pelos personagens, o conflito existente entre eles.

Como cenário, vemos Salvador, mas não a cidade para turista ver e micareteiro pular. E, sim, a área mais pobre e suburbana do lugar.

O tal triângulo é interpretado pelos atores Alice Braga, Wágner Moura e Lázaro Ramos. Eles estão maravilhosos no filme, a disposição de Alice em fazer determinadas cenas é de parabenizar pela coragem; e a versatilade de Wágner e Lázaro é comprovada por mais este trabalho.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Domínio público

Gente, hoje estava eu conversando com Ariani, amiga da faculdade, sobre o blog e na dificuldade em manter-me atualizada sobre os livros. Então ela comentou sobre o site domínio público, que disponibiliza gratuitamente livros de diversos autores e países. Eu, uma pessoa que diz gostar de livros, ignorantemente disse que não conhecia o site.

Domínio público é um site pouco conhecido e por isso corre o risco de ser retirado da internet. Por favor, quem ler este post divulgue o site. Sempre reclamamos que é difícil o acesso à cultura.
Não podemos perder essa chance de chegar até ela.

terça-feira, agosto 29, 2006

The Machinist - O Operário


É de assustar a magreza de Christian Bale no filme "The Machinist". Quando você lembra, então, que é o mesmo ator parrudo de Batman... Nossa!!! Parabéns ao ator pela entrega ao personagem e também pela sua ótima atuação.
Bom, vamos ao filme: Trevor Resnik (Christian Bale) não dorme há mais de um ano. Seu estado físico é deplorável e começa a incomodar seus colegas de trabalho, e a despertar suspeitas em seus superiores. Os seus únicos momentos de conforto são proporcianados pelas conversas com uma garçonete e polos encontros com uma prostituta. O que já estava ruim na vida de Resnik piora com o surgimento de um misterioso personagem, Ivan.

Esse filme, meio suspense, meio drama, tem uma trilha sonora que lembra bastante as produções de Hitchicock. Confesso que estranhei a mistura desse estilo de trilha( das décadas de 40 e 50) com a edição ágil do filme.
Todo o visual de The Machinist é de se elogiar. Da montagem à iluminação, tudo contribui para o clima esquizofrênico. Um porém do filme é a entrega de muitas pistas, sendo fácil para quem o está assistindo vislumbrar o final. Para um filme de suspense, isso é um pecado.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Sidney Sheldon


Sidney Sheldon é um dos autores mais vendidos no mundo.

Famoso por suas heroínas, seus fãs dizem que são muito bem construídas. Outros já falam que suas obras seguem fórmulas prontas para fazer sucesso.

A seguir, um diálogo entre pessoas com opiniões opostas sobre esse autor:

Pessoa 1: Adoro Sidney Sheldon.

Pessoa 2: Não gosto. É puro clichê.

P1: O que você tem contra clichê?

P2: Mostra sempre algo que eu vi ou li antes. Sempre se repete.

P1: Mas eu li um livro ótimo do Sidney Sheldon!

P2: hum...

P1: É sobre uma mulher que sofre de tripla personalidade.

P2: Aposto que uma das personalidades é uma jovem boazinha e prestativa; a outra é má e safadona e a terceira é o meio termo entre as duas.

P1: Como você sabe? Já leu o livro?

P2: Não precisa. É Sidney Sheldon.

*O diálogo acima é baseado em um momento real.

quinta-feira, agosto 24, 2006

A Passagem


Três dias. Esse é o tempo que o psiquiatra Sam,interpretado por Ewan MacGregor, tem para evitar o suicídio de um de seus pacientes, Henry, muito bem representado por Ryan Gosling. O paciente parace ser capaz de fazer previsões e coisas aparentemente sem sentido acontecem durante o filme. Para completar o elenco, Naomi Watts aparece como Lila, namorada de Sam, e sua ex-paciente.

Bom, acima está a sinopse e agora vamos ao que interessa: você não entederá nada do filme. Ficará intrigado com o rapaz que prediz certas coisas, com as cenas que se repetem, com as calças sempre curtas de MacGregor. Uma consulta ao orkut depois de terminado o filme será muito bem-vinda.

Mas afinal, qual a finalidade de se indicar um filme em que não se entende nada? Sei lá! Só sei que gostei da explicação (sempre tem uma boa alma disposta a esclarecer esses tipos de produções). E tirei maior onda depois explicando "A Passagem" pra galera que o assistiu comigo.

quarta-feira, agosto 23, 2006

A Casa dos Espíritos (livro)


Não é livro de terror. É bom avisar logo, pois é o que uma pessoa não muita informada pensa ao ler o título. É sim a história de uma família chilena contada em três gerações e entrelaçada com o momento histórico de seu país. Vai da exploração dos trabalhadores à revolução popular que elegeu democraticamente um presidente socialista até o momento do contra-golpe miltar, que tirou do poder o presidente Salvador Allende.
Os personagens do livro são muito bem trabalhados e contextualizados pela autora Isabel Allende (sobrinha de Salvador). Alguns personagens, em especial as mulheres, são engajadas politicamente e tem noção de justiça social. Outros funcionam como representates da classe a que pertencem, como o latifundiário Estebán Trueba, que explora os trabalhadores que trabalham para si e acredita estar fazendo um grande favor a eles dando-lhes casa e comida, mas não salário.
O livro é todo permeado com características de realismo fantástico, tornando-o ainda mais fascinante.
Leiam o livro e assistam ao filme, que é tão bom quanto.

Sobre o blog

Nunca tive vontade de ter um blog. Sempre achei que não teria um assunto específico que pudesse manter contantemente em discussão.
Sou estudante de Comunicação Social e uma das de minhas disciplinas é Jornalismo On Line, e por isso, terei de manter um blog atualizado, quase que diariamente, pelos próximos meses. Como gosto de cinema (não necessariamente entendo a linguagem cinematográfica) e adoro ler tirarei daí os tais assuntos específicos para o blog.