domingo, setembro 24, 2006

Vidas Secas, de Graciliano Ramos


Graciliano Ramos retrata a seca do sertão nordestino através da perspectiva da família do vaqueiro Fabiano, formada também por Sinha Vitória, pelo menino mais novo, o menino mais velho e a cachorra Baleia.

A sequidão dos personagens é representada na pobreza de suas falas; eles mal conseguem se expressar, e muitas vezes o fazem por gestos ou grunhidos. A família é colocada no mesmo patamar de um animal; a cachorra Baleia tem espaço significativo. Até a escrita do livro é econômica (meio seca), tanto que a leitura é surpreendentemente rápida.

Mas Graciliano Ramos não limita os porquês da condição miserável de seus personagens apenas à seca. A exploração latifundiária está lá representada, assim como o poder opressor do governo.

Leiam Vidas Secas e entenderão melhor esse confuso post.

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