No filme, Maria Antonieta (Kirsten Dunst) é pintada como uma jovem obrigada a amadurecer cedo demais. Para seguir o jogo político da época (século XVIII) e manter as boas relações entre Áustria e França, aos 14 anos Maria Antonieta se casa com o príncipe francês e, entre outras atribuições, deve gerar herdeiros; tarefa essa que, como se sabe, não se revelou nada fácil. Além disso, a garota ainda teve que se adaptar a uma cultura diferente da qual foi criada. Coitada? Se depender da diretora Sofia Coppola tendemos a acreditar que sim. (Aproveite a internet a sua disposição, faça pesquisas e tire suas conclusões.)
A diretora Sofia Coppola foi muito criticada por essa releitura da vida de Antonieta em sua fase como delfina, e depois, rainha da França. Ainda assim, resolvi comprar sua idéia. Se tivermos boa vontade e desconsiderarmos o fato de que no século XVIII o conceito de adolescência nem sequer existia, o filme pode ser entendido como uma eficiente metáfora da juventude de agora, numa certa medida, alienada, consumista e que supervaloriza a imagem. Para construir essa idéia, a produção lançou mão de músicas dos anos oitenta (adorei essa parte), figurinos em tons pastéis, ambientes quase sempre claros e bem iluminados, um All Star perdido no meio do filme... Em que outras obras de época você encontrou essas características?
O filme pode até não funcionar como biografia, e, realmente, foram tomadas muitas liberdades para que fosse considerado como tal. Mas suas várias possibilidades de interpretações agradaram a muita gente. Inclusive a mim.
Trailer
Nenhum comentário:
Postar um comentário